Maria Lusitano
Bidonville, 2002
Vídeo, cor e som, dimensões variáveis de projecção, 5′ Vista da instalação
Bidonville resulta dum momento de família. Em 2000, Maria Lusitano descobriu varios filmes antigos de 8 mm, gravados pelo seu pai, na sua juventude. Numa altura em que a família estava toda reunida, ela projectou os mesmos, sem os avisar, e gravou as suas reacções espontâneas. O seu pai com admiração e emocionado, contou a história esquecida do filme que estava a ser projectado. Em 1967, este foi para Paris, numa viagem de estudo, e visitou os seus amigos de infância e colegas de escola primária, que viviam num bairro de barracas em Champigni, França. A comunidade local de franceses, rejeitava aquela comunidade de emigrantes, desprezando as condições nas quais estes viviam. No entanto, contava o meu pai, estes estavam muito felizes: experimentavam naquele bairro de barracas, uma vida mil vezes melhor do que a que tinham alguma vez vivido na terra materna. O filme aborda os paradoxos, traumas e memórias da experiência migratória Portuguesa.